segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Vento de Outono


Final de tarde. Mais um dia se vai. É o fim do outono que se aproxima rapidamente.
No céu os últimos raios de sol brilham timidamente.
O calor do dia que termina não intimida o vento que sopra forte;
É gélido e implacável capaz de congelar corações.
A noite promete ser fria, mas a cidade não para.
Apressadamente os carros atravessam entre montanhas de concreto.
É Noite, o céu está escuro e mesmo assim a cidade não para.
Nos prédios as janelas vão clareando uma a uma em sincronia ensaiada.
O vento continua a açoitar os corpos que andam apressados.
O vento continua a agitar as folhas agora iluminadas artificialmente.
O vento continua a desafiar o ciclista que pedala cada vez mais rápido.
O vento continua a castigar os fiéis que vagarosamente caminham em direção a igrejinha recém reformada, iluminada e aconchegante.
É tarde e faz frio.
Timidamente uma pequena nuvem de fumaça sai de uma chaminé.
É a certeza de que naquele lugar corpos estão quentes e protegidos.
Enquanto isso lá fora o vento ...

Nenhum comentário:

Postar um comentário