quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Chuva de Outono


De repente o azul do céu se transforma em cinza.
De tão intenso é capaz de entristecer qualquer sentimento.
O vento úmido e quente, que até então soprava, não sopra mais.
A brisa agora é fria e convidativa.
Traz com ela uma sensação de liberdade que só os mais sensíveis são capazes de sentir.
As nuvens andam pelo céu com uma rapidez que entontece.
Então, de repente, não mais que de repente, caem pequenas gotículas geladas.
O céu cinza continua a aterrorizar.
O medo é causado pela cor nebulosa e pelos sons de trovões severos
Quase como dizendo: “Sou capaz de dominar e paralisar você”.
Alheia a tudo a chuva cai.
Barulhenta, fria e linda.
Bela como qualquer chuva de outono.
Capaz de banhar de beleza e humor uma cidade fria como o concreto.
Com a chuva o verde fica cada vez mais verde.
Um contraste perfeito com o tom urbano melancólico.
As folhas se agitam saltitantes de felicidade.
Sem se importar com o que acontece lá em baixo, um avião cruza o céu.
Dentro dele pessoas despreocupadas não percebem a beleza do momento ...
E a chuva continua cair, espessa e barulhenta.
É a chuva do final de outono que anuncia,
Em breve o sol brilhará tão forte que sentirás saudades de mim.
 

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